Comemoramos hoje, em todo o planeta, o Dia Mundial dos Oceanos.
Fazemo-lo desde 2008, graças a uma feliz iniciativa tomada pelas Nações Unidas, na sequência da Conferência da ONU sobre Ambiente e Desenvolvimento, de 1992.
A atual situação de combate à Covid-19 não pode, de modo algum, afastar-nos do nosso compromisso com os nossos mares, património comum da Humanidade.
É um imperativo de cidadania global.
Mas é também um imperativo de cidadania nacional.
Portugal, «nesga de terra debruada de mar», como lhe chamou Miguel Torga, encontra-se numa posição privilegiada para se afirmar, nos próximos anos e nas próximas décadas, como um país de vanguarda na defesa e conservação dos oceanos.
Devemos começar, desde já, e com urgência, a trabalharmos para a concretização deste desígnio coletivo, que corresponde, aliás, à nossa vocação marítima de muitos séculos.
Nos oceanos, no mar português, o passado reencontra-se com o presente, todos os dias.
Agora, é tempo de construirmos juntos o futuro.
Em nome do presente, sem dúvida. Mas, acima de tudo, em nome das gerações vindouras.
Exorto todos os Portugueses, sem exceção, a darem o seu contributo para esta nova aventura marítima com que Portugal é confrontado na sua História.
Estou certo de que todos compreendem o alcance deste meu apelo.
Vamos, pois, começar agora, já hoje, pois hoje é o Dia Mundial dos Oceanos.
Marcelo Rebelo de Sousa