É com particular tristeza que recebemos a notícia da morte de Luis Sepúlveda. Pelo escritor que era, pelas circunstâncias que bem conhecemos, e porque era um amigo de Portugal.
Desde «O Velho Que Lia Romances de Amor», de 1989, que Sepúlveda se tornara um dos autores da América do Sul mais lidos da atualidade, como não acontecia desde o chamado «boom» latino-americano.
Chileno empenhado, militante, apoiante de Salvador Allende, também jornalista, guionista, ecologista e viajante, deixou-nos, além dos romances e novelas (livros breves, claros, pícaros, alegóricos), vários testemunhos dos seus combates e do seu pensamento crítico.
Amplamente traduzido em Portugal, visita habitual do nosso país, o seu desaparecimento é especialmente sentido pelos portugueses, sentimento a que me associo, apresentando as minhas condolências à sua mulher, a escritora Carmen Yáñez.