Apresento as minhas condolências à família do músico Pedro Barroso.
Revelado no programa televisivo “Zip Zip”, em 1969, gravou o seu primeiro EP no ano seguinte, e o primeiro álbum em 1976. Ativo, interventivo, enérgico, foi um dos «baladeiros» antes da Revolução e, já depois do 25 de Abril, envolveu-se nos combates democráticos e nas campanhas de dinamização cultural.
Ao longo de uma carreira intensa, gravou dezenas de discos, com textos seus e de diversos poetas portugueses, colaborou musicalmente em encenações de Carlos Avilez para o Teatro Experimental de Cascais e cantou um pouco por toda a parte (em Portugal, na Europa e nas Américas), além de publicar livros e de um trabalho meritório nas áreas da saúde mental e da musicoterapia.
Cinquenta anos depois de sua estreia, em dezembro de 2019, quando se despediu dos palcos, em Torres Novas, Pedro Barroso lembrou o que hoje lembramos: a sua voz, o seu empenho, a sua «violentíssima ternura».