Os anos passam e por ocasião de efemérides, como a que hoje assinalamos, somos confrontados com problemas que persistem e para os quais temos de olhar com maior ambição. O combate à pobreza e a correção das desigualdades sociais são duas prioridades que exigem determinação e responsabilidade coletiva.
O Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza recorda-nos que quase dois milhões de portugueses são pobres. Mas são também portugueses que, em muitos casos, trabalham ou estudam, que vivem com as mesmas necessidades, com as mesmas ambições de todos os outros compatriotas. Portugueses que merecem mais e melhor.
Manuela Silva, que dedicou a vida a esta causa, dizia que a pobreza é uma violação dos direitos humanos. Criticando, na nossa sociedade, os crivos apertados para julgar os mais pobres, deixando passar as grandes disfuncionalidades no topo da escala social. Portugal tem sido assertivo no esforço para esbater esse fosso. Apelo à necessária persistência e determinação para assim continuar.
Combatendo a pobreza caso a caso, pessoa a pessoa. Combatendo a pobreza como um fenómeno mais global, de múltiplas causas, e abordagem transversal. Combatendo a pobreza com estratégia, juntando meios públicos e privados, experiência social e solidária, inspirando cidadãos para a causa de um Portugal mais justo e coeso.