Há cinquenta anos, Portugal foi abalado por um acontecimento de proporções dramáticas.
A região de Lisboa sofreu a maior catástrofe natural de que há memória desde o grande terramoto de 1755.
Centenas de pessoas morreram, milhares perderam os seus bens e haveres.
À época, a censura e a ditadura impediram os Portugueses de conhecer a verdade.
Na nossa democracia, a verdade é um imperativo da ação política.
E a memória um dever de cidadania para todos nós.
Honrar a memória dos mortos de 1967 é saudar o País em que vivemos, mais próspero e desenvolvido, mais justo e mais solidário.
Perante as tragédias que se abateram em Portugal neste ano de 2017, temos também um imperativo de verdade e um dever cívico de memória.
Aos familiares das vítimas das cheias de 1967, aos familiares das vítimas dos incêndios de 2017, envio um a mensagem de solidariedade e respeito profundo.
Porque a memória não se apaga e a verdade não prescreve.