“Celebra-se hoje o Dia dos Irmãos.
Porventura, menos conhecido e festejado do que o Dia da Mãe e o Dia do Pai - mas nem por isso menos importante.
Comemorar o Dia dos Irmãos é comemorar aqueles que partilham o nosso sangue, em homenagem aos antepassados comuns.
É com muita emoção que, neste dia, saúdo afetuosamente os meus irmãos, sabendo que todos nós, tendo trajetórias de vida distintas, partilhamos os mesmos princípios e valores, que nos foram transmitidos pelos Pais, cuja memória procuramos honrar em tudo quanto fazemos na vida.
Mas a fraternidade é também amizade. A palavra «irmão», não por acaso, é usada quando nos dirigimos igualmente aos amigos mais próximos, aqueles a quem confessamos alegrias e tristezas, os que estão a nosso lado em todas as horas, boas ou más.
De igual modo, não é raro termos sentimentos fraternos por aqueles que, pelas mais variadas razões, em nós suscitam o calor da fraternidade. Aos excluídos e aos que vivem sós, aos que atravessam situações difíceis no plano pessoal ou profissional, àqueles que mais precisam da nossa atenção.
E, curiosamente, entre países e nações que ao longo dos séculos trilharam caminhos comuns, é também hábito evocar a fraternidade. Por isso, neste dia 31 de Maio, quero dirigir uma palavra muito calorosa aos povos de expressão portuguesa, a quem chamamos «irmãos» porque nos acompanham na comunidade da lusofonia, feita de amizade, de fraternidade e, sobretudo, de respeito mútuo.
Aos meus irmãos, aos meus amigos fraternos e a todos os povos da lusofonia, um abraço caloroso do
Marcelo Rebelo de Sousa”